Um ano atrás escrevi um texto sobre o tema, prevendo 17 medalhas para o Brasil nas Olimpíadas. Às vésperas dos Jogos, atualizo a previsão, embora não dê para imaginar que o Brasil fica fora de uma faixa entre 15 e 20 medalhas. Mas vamos lá:
Futebol - 2 medalhas
Vôlei - 1 medalha (feminino)
Basquete -1 medalha (masculino)
Vôlei de Praia - 2 medalhas
Judô - 4 medalhas (Sarah Menezes, Rafaela Silva, Mayra Aguiar e Leandro Guilheiro)
Natação - 3 medalhas (Cielo duas e Felipe França)
Atletismo - 2 medalhas (Fabiana Murer e Revezamento 4 x 100 m livre masculino)
Vela - 2 medalhas
Pronto: 17 medalhas. Ouro, Prata ou Bronze eu não sei, mas vou conferir depois.
Por fim, interessante que a Record quebrou o monopólio da Globo e vai passar os Jogos, mas ainda bem que ESPN-Brasil e SporTV transmitem!
quarta-feira, 25 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
Corinthians e Cinema
Corinthians campeão da Libertadores
Sei que o tema mereceria um texto, mas quase tudo já foi dito, escrito, analisado e, acima tudo, sentido! Confesso que às vezes, do nada, estou trabalhando, assistindo um filme ou qualquer outra coisa e penso: nossa, o Corinthians foi campeão (INVICTO) da Libertadores! Foi, merecidamente, sem contestações. Pode ser que meu lado torcedor esteja falando mais alto, mas tenho a sensação de que agora "abriu a porteira". Estrutura com um centro de treinamento, estádio próprio, fortes categorias de base, verbas milionárias da TV, uma torcida numerosa e apaixonada. Gerindo corretamente estes ingredientes, em 10 dez anos, seremos o time brasileiro com mais títulos da Libertadores. Esta feita e registrada a aposta.
Dicas de Cinema
Cultura é um tema que quase nunca aparece aqui no blog, mas tenho me convertido, cada vez mais, num amante do Cinema. Na última semana, assisti novamente 3 filmes simples e singelos, com orçamentos pequenos, mas extremamente tocantes: Sideways - Entre umas e outras (2004), Pequena Miss Sunshine (2006) e Juno (2007). Histórias humanas, para o bem e para o mal, que nos fazem rir e chorar.
Aproveitando o embalo, deixo aqui a lista dos meus cinco diretores de cinema favoritos na atualidade. Confesso que antes não percebia a importância do diretor, mas é só selecionar o que cada um já fez para encontrar um certo padrão de qualidade, um modo de fazer cinema, de contar histórias. São eles, não necessariamente na ordem de preferência: Woody Allen, Clint Eastwood, Joel e Ethan Coen, Juan José Campanella (argentino) e Alejandro González Inãrritu (mexicano).
Bom pessoal, por enquanto é só isso. Confesso que estou sem muita paciência para temas políticos e econômicos. Acho que é esse frio danado que aumenta as dores no corpo e exige do espírito tópicos mais leves e prazerosos.
Sei que o tema mereceria um texto, mas quase tudo já foi dito, escrito, analisado e, acima tudo, sentido! Confesso que às vezes, do nada, estou trabalhando, assistindo um filme ou qualquer outra coisa e penso: nossa, o Corinthians foi campeão (INVICTO) da Libertadores! Foi, merecidamente, sem contestações. Pode ser que meu lado torcedor esteja falando mais alto, mas tenho a sensação de que agora "abriu a porteira". Estrutura com um centro de treinamento, estádio próprio, fortes categorias de base, verbas milionárias da TV, uma torcida numerosa e apaixonada. Gerindo corretamente estes ingredientes, em 10 dez anos, seremos o time brasileiro com mais títulos da Libertadores. Esta feita e registrada a aposta.
Dicas de Cinema
Cultura é um tema que quase nunca aparece aqui no blog, mas tenho me convertido, cada vez mais, num amante do Cinema. Na última semana, assisti novamente 3 filmes simples e singelos, com orçamentos pequenos, mas extremamente tocantes: Sideways - Entre umas e outras (2004), Pequena Miss Sunshine (2006) e Juno (2007). Histórias humanas, para o bem e para o mal, que nos fazem rir e chorar.
Aproveitando o embalo, deixo aqui a lista dos meus cinco diretores de cinema favoritos na atualidade. Confesso que antes não percebia a importância do diretor, mas é só selecionar o que cada um já fez para encontrar um certo padrão de qualidade, um modo de fazer cinema, de contar histórias. São eles, não necessariamente na ordem de preferência: Woody Allen, Clint Eastwood, Joel e Ethan Coen, Juan José Campanella (argentino) e Alejandro González Inãrritu (mexicano).
Bom pessoal, por enquanto é só isso. Confesso que estou sem muita paciência para temas políticos e econômicos. Acho que é esse frio danado que aumenta as dores no corpo e exige do espírito tópicos mais leves e prazerosos.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Quem e quantas são as pessoas com deficiência no Brasil?
Responder a
essa pergunta não é tarefa simples, trivial ou consensual, nem mesmo depois que
o IBGE passou a incluir nos Censos Demográficos a temática da deficiência e
incapacidade funcional. Isso ocorre por uma razão muito simples: variam os
critérios para definição de quem são pessoas com deficiência no Censo e, por
exemplo, para fazer jus as vagas reservadas no mercado de trabalho via “Lei de
Cotas”.
Em poucas
palavras temos, de um lado, critérios técnicos, clínicos e objetivos para
definir o direito ou não de usufruir uma série de direitos; de outro, uma
auto-declaração subjetiva sobre graus variados de dificuldades para
determinadas ações.
De maneira
geral, quando pensamos em pessoas com deficiência de imediato remetemos aos cadeirantes,
cegos, pessoas com deficiência auditiva e/ou deficiência intelectual/cognitiva.
Tal contingente de pessoas representa exatamente o mesmo universo apurado pelo
IBGE no Censo Demográfico? Não, é preciso ter cautela e usar os dados com discernimento.
De maneira
correta, pois o recenseador não poderia inquirir tecnicamente as pessoas sobre
sua deficiência ou exigir laudo médico para sua comprovação, o IBGE solicita
uma avaliação funcional sobre o grau de dificuldade das pessoas para
andar/subir escadas, ouvir e enxergar, além de uma pergunta direta sobre a
deficiência mental/intelectual. O entrevistado, assim como faz para outras
variáveis como renda ou trabalho, responde se tem total, grande ou alguma
dificuldade permanente para realizar tais ações (ou se não tem nenhuma
dificuldade).
Houve uma
pequena mudança, mas é possível compatibilizar os dados do Censo de 2000 e 2010
e apresentar a seguinte tabela:
Tabela – População segundo tipo de
deficiência – Brasil 2000 e 2010
Tipo
|
Categorias
|
2000
|
2010
|
||
N (1.000)
|
%
|
N (1.000)
|
%
|
||
Deficiência mental permanente
|
Sim
|
2,845
|
1.7
|
2,612
|
1.4
|
Não
|
166,472
|
98.0
|
188,100
|
98.6
|
|
Ignorado
|
556
|
0.3
|
44
|
0.0
|
|
Capacidade de enxergar (permanente)
|
Incapaz
|
148
|
0.1
|
506
|
0.3
|
Grande dificuldade
|
2,436
|
1.4
|
6,057
|
3.2
|
|
Alguma dificuldade
|
14,061
|
8.3
|
29,211
|
15.3
|
|
Nenhuma Dificuldade
|
152,667
|
89.9
|
154,915
|
81.2
|
|
Ignorado
|
561
|
0.3
|
67
|
0.0
|
|
Capacidade de ouvir (permanente)
|
Incapaz
|
166
|
0.1
|
344
|
0.2
|
Grande dificuldade
|
883
|
0.5
|
1,799
|
0.9
|
|
Alguma dificuldade
|
4,686
|
2.8
|
7,574
|
4.0
|
|
Nenhuma Dificuldade
|
163,474
|
96.2
|
180,992
|
94.9
|
|
Ignorado
|
664
|
0.4
|
47
|
0.0
|
|
Capacidade de caminhar/subir escadas (permanente)
|
Incapaz
|
574
|
0.3
|
734
|
0.4
|
Grande dificuldade
|
1,773
|
1.0
|
3,699
|
1.9
|
|
Alguma dificuldade
|
5,593
|
3.3
|
8,832
|
4.6
|
|
Nenhuma Dificuldade
|
161,426
|
95.0
|
177,440
|
93.0
|
|
Ignorado
|
507
|
0.3
|
50
|
0.0
|
|
Classificação
|
Pessoa com deficiência
|
7,066
|
4.2
|
12,749
|
6.7
|
Pessoa com limitação funcional
|
17,196
|
10.1
|
32,857
|
17.2
|
|
Pessoa sem def. ou lim. func.
|
144,308
|
85.0
|
145,085
|
76.1
|
|
Ignorado
|
1,303
|
0.8
|
65
|
0.0
|
|
Fonte: microdados do Censo Demográfico, IBGE.
No meu
entendimento, tentando fazer um exercício para aproximar os dados do Censo
daquele conjunto de pessoas com deficiência, digamos, “tradicionais”, é mais
correto incluir nessa categoria apenas aqueles que declararam “total” ou “grande”
incapacidade para andar, ouvir ou enxergar, além dos que disseram “sim” sobre a
deficiência mental/intelectual. Dessa forma, excluímos desse grupo aqueles que
disseram ter apenas “alguma dificuldade”, chamando-os de pessoas com “limitação
funcional leve”.
Procedendo
dessa forma, o número de pessoas com deficiência no Brasil teria variado de 7,0
milhões em 2000 para 12,7 milhões em 2010, representando 6,7% da população. Já
o contingente de pessoas com limitação funcional foi de 17,2 milhões em 2000
para 32,8 milhões em 2010 (17,2% da população).
Importante: reparem que o governo, entidades, movimento social e mesmo pesquisadores, na grande maioria das vezes, não fazem esta distinção. Consideram-se “pessoas com deficiência” todos que declararam qualquer nível de incapacidade: 24 milhões em 2000 (14,3% da população) para 45,6 milhões em 2010 (24,0% do total de brasileiros). Assim, ao lançar o programa Viver sem Limites, o Governo Federal fala em atender aos 45 milhões de brasileiros com deficiência; ao mesmo tempo que entidades e ONGs chamam atenção e alertam para o fato de que a deficiência atinge ¼ da população brasileira em 2010.
Me parece uma
certa imprecisão, uma tentativa de “forçar o argumento”, tanto de um lado como
de outro.
Estou dizendo
com isso que a questão da deficiência é menos importante? Claro que não.
Primeiro porque, mesmo com critérios mais restritivos, estamos falando de 12,7
milhões de pessoas com deficiência no Brasil (6,7% da população). Segundo, na
verdade, não importa se somos cinco, dez ou 50 milhões, quando falamos em
acessibilidade ou em sociedade inclusiva, falamos de todos, sem distinção.
Por último,
reconhecemos hoje a importância em quantificar e identificar a realidade
sócio-econômica dos milhões de pessoas com deficiência no Brasil, especialmente
para o balizamento de políticas públicas. Mas o nosso horizonte deve ser um
futuro em que não seja preciso categorizar os indivíduos, classificar a
deficiência ou qualquer outro atributo pessoal, uma sociedade que seja, como
diz o filósofo Vladimir Saflate, “indiferente às diferenças”, pautada pelo
igualitarismo e justiça social.
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