Depois de um mês de férias, a
primeira postagem do ano faz uma prévia dos principais assuntos e discute
rapidamente perspectivas relacionadas aos nossos três temas. Particularmente,
gosto mais dos anos pares do que ímpares, pois sempre tem eleição e uma
competição esportiva importante! Então, vamos em frente!
I –
Política e Economia
O
primeiro ano do governo Dilma terminou com uma aprovação recorde, com índices
que superam até aqueles observados no governo Lula para o mesmo período. Para
alguns analistas, como Luís Nassif, isso pode levar a uma situação de
acomodação da administração no que se costuma chamar de “zona de conforto”.
Tendo a concordar com ele.
As
perspectivas para os principais indicadores da economia – crescimento na ordem
de 3,5% e inflação por volta de 5% – não são ruins, ainda mais num mundo em
crise, mas poderiam ser melhores. Em outras palavras, como já argumentamos
neste espaço, o governo tem condições de continuar mantendo este ritmo ou
tentar mudanças no sentido de estimular transformações econômicas e sociais
mais profundas. Para tanto, necessariamente, seria preciso reposicionar as
taxas de juros e câmbio, diminuindo com mais força a primeira e desvalorizando,
com cautela, a segunda.
Ocorre
que tal processo envolve riscos e exige algumas “brigas” que, dada a alta
popularidade, o baixo desemprego e a oposição desarticulada, dentre outros aspectos, talvez o governo não queira comprar. Enquanto as perspectivas seguirem
positivas, talvez falte disposição e coragem para discutir com mais
profundidade temas como, por exemplo, as despesas absurdas com juros e serviços da dívida
que se direcionam para uma minoria, em detrimento de investimentos e gastos
sociais.
Enfim,
não quero ficar bancando o chato. Acho que o governo Dilma tem muitas virtudes
e tem tudo para caminhar bem (até porque a nossa oposição dá seguidos exemplos da sua falta de sensibilidade social, para dizer o mínimo). Mas pensando no médio prazo, e tendo mais ambição
em termos das potencialidades do país, creio que falta vontade política para enfrentar temas “espinhosos” e acelerar o processo de construção de uma
sociedade mais justa, menos desigual, com uma série de carências sociais que
ainda precisam ser superadas.
No
âmbito dos municípios, o grande assunto será a eleição para prefeito. Mais
adiante quero escrever sobre isso, mas já adianto um ponto que me parece
interessante: a disputa entre novos personagens para prefeitura de São Paulo (a
não ser que José Serra queira participar, pode?). Bom, e aqui em Campinas,
depois das turbulências que ocorreram e ainda estão em curso, o jogo vai ser
divertido também.
II –
Pessoas com Deficiência e Cidadania
No
final do ano passado houve uma Assembléia dos Centros de Vida Independente do
Brasil e fui indicado para participar da nova diretoria do CVI-Brasil (Conselho
Nacional dos CVIs). A oportunidade me agrada porque podemos iniciar um trabalho
de fortalecimento dos CVIs e, sobretudo, em função do papel de monitoramento e
fiscalização das políticas públicas que o CVI-Brasil se propõe.
De
fato, já no início do ano tivemos indicações claras de que há um movimento
liderado por interesses empresariais privados, com o apoio de parte da mídia,
no sentido de flexibilizar a “Lei de Cotas”. Isso nos proporciona a possibilidade de intervir e se posicionar politicamente, problematizando a
questão e não aceitando passivamente argumentos que não nos parecem corretos.
Este é um exemplo da atuação que pretendemos ter em 2012, seja para a questão
do trabalho ou outros temas relacionados à cidadania das pessoas com
deficiência.
Em
termos locais, já está em curso um projeto que envolve uma grande amiga, sobre
o qual ainda é preciso manter certa cautela, mas que pretende fortalecer ainda
mais a luta política e reivindicatória das pessoas com deficiência em Campinas.
A conferir.
III –
Esportes e Futebol
O ano
que se inicia tem como atrativo, sem dúvida, as Olimpíadas de Londres em 2012.
Já fiz aqui neste espaço uma previsão acerca do desempenho do Brasil, e
pretendo refiná-la com a aproximação dos jogos. Particularmente, meus
interesses estão no atletismo, natação e judô – esportes que mais gosto de
assistir. Tenho acompanhando algumas competições que classificam atletas para
Londres, e em breve quero detalhar minhas projeções.
Mas,
para variar, quero começar falando um pouco sobre o Corinthians (campeão hoje
da Copa São Paulo de Juniores, só para registrar). O grande mérito da
diretoria, em minha opinião, foi ter mantido o mesmo time que se sagrou campeão
brasileiro em 2011, peça por peça (menos o Adriano, por quem agradecemos o gol
contra o Atlético-MG, mas que já poderia ter sido dispensado).
Mas
dito isso, amigos corintianos, compartilho uma preocupação: o time do ano
passado (atual) é bom, competitivo, forte, mas tenho a sensação de que falta um
“brilho” adicional para objetivos maiores. Dá para encarar o Paulista, a fase
de grupos da Libertadores e mesmo o Campeonato Brasileiro de novo, mas falta
talento, falta ainda um craque para que possamos sonhar em vencer a
Libertadores. Sei que os “secadores de plantão” vão ficar tirando sarro e tal,
mas quis registrar já no início do ano esta sensação. Com o passar dos jogos e
avaliando o desempenho do time, vamos especular sobre esta peça chave que
poderia chegar.
----------------------------------------------------
Feito.
Este primeiro texto foi só para “aquecer os motores” e dar um panorama sobre
temas que já ocupam minha cabeça. No mais, feliz 2012 para
todos!
Oi Vini!
ResponderExcluirQue bom ver seus textos de volta!
Realmente é mais fácil realizar reformas sócio-econômicas profundas em períodos favoráveis, como o que o Brasil vive hoje. A França que o diga! Buscar soluções em plena crise é muito mais complicado.
Abração,
Nano
É isso aí. Timão, Dilma e os deficientes botando prá quebrar.
ResponderExcluirBeijão meu filho.
Oi Nano!
ResponderExcluirLegal, a gente se encontra por aqui!
Concordo contigo, mesmo com os problemas que ainda persistem, creio que o governo deveria aproveitar o bom momento para tentar mudanças mais profundas. E aí na França, o Sarcosy se segura ou o socialista tem chances?
Abração,
Vini.
Legal pai, é isso aí mesmo!
ResponderExcluirBjs, Vi.