quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Perspectivas 2012 – Três Temas


Depois de um mês de férias, a primeira postagem do ano faz uma prévia dos principais assuntos e discute rapidamente perspectivas relacionadas aos nossos três temas. Particularmente, gosto mais dos anos pares do que ímpares, pois sempre tem eleição e uma competição esportiva importante! Então, vamos em frente!

I – Política e Economia

O primeiro ano do governo Dilma terminou com uma aprovação recorde, com índices que superam até aqueles observados no governo Lula para o mesmo período. Para alguns analistas, como Luís Nassif, isso pode levar a uma situação de acomodação da administração no que se costuma chamar de “zona de conforto”. Tendo a concordar com ele.

As perspectivas para os principais indicadores da economia – crescimento na ordem de 3,5% e inflação por volta de 5%  não são ruins, ainda mais num mundo em crise, mas poderiam ser melhores. Em outras palavras, como já argumentamos neste espaço, o governo tem condições de continuar mantendo este ritmo ou tentar mudanças no sentido de estimular transformações econômicas e sociais mais profundas. Para tanto, necessariamente, seria preciso reposicionar as taxas de juros e câmbio, diminuindo com mais força a primeira e desvalorizando, com cautela, a segunda.

Ocorre que tal processo envolve riscos e exige algumas “brigas” que, dada a alta popularidade, o baixo desemprego e a oposição desarticulada, dentre outros aspectos, talvez o governo não queira comprar. Enquanto as perspectivas seguirem positivas, talvez falte disposição e coragem para discutir com mais profundidade temas como, por exemplo, as despesas absurdas com juros e serviços da dívida que se direcionam para uma minoria, em detrimento de investimentos e gastos sociais.

Enfim, não quero ficar bancando o chato. Acho que o governo Dilma tem muitas virtudes e tem tudo para caminhar bem (até porque a nossa oposição dá seguidos exemplos da sua falta de sensibilidade social, para dizer o mínimo). Mas pensando no médio prazo, e tendo mais ambição em termos das potencialidades do país, creio que falta vontade política para enfrentar temas “espinhosos” e acelerar o processo de construção de uma sociedade mais justa, menos desigual, com uma série de carências sociais que ainda precisam ser superadas.

No âmbito dos municípios, o grande assunto será a eleição para prefeito. Mais adiante quero escrever sobre isso, mas já adianto um ponto que me parece interessante: a disputa entre novos personagens para prefeitura de São Paulo (a não ser que José Serra queira participar, pode?). Bom, e aqui em Campinas, depois das turbulências que ocorreram e ainda estão em curso, o jogo vai ser divertido também.  

II – Pessoas com Deficiência e Cidadania

No final do ano passado houve uma Assembléia dos Centros de Vida Independente do Brasil e fui indicado para participar da nova diretoria do CVI-Brasil (Conselho Nacional dos CVIs). A oportunidade me agrada porque podemos iniciar um trabalho de fortalecimento dos CVIs e, sobretudo, em função do papel de monitoramento e fiscalização das políticas públicas que o CVI-Brasil se propõe.

De fato, já no início do ano tivemos indicações claras de que há um movimento liderado por interesses empresariais privados, com o apoio de parte da mídia, no sentido de flexibilizar a “Lei de Cotas”. Isso nos proporciona a possibilidade de intervir e se posicionar politicamente, problematizando a questão e não aceitando passivamente argumentos que não nos parecem corretos. Este é um exemplo da atuação que pretendemos ter em 2012, seja para a questão do trabalho ou outros temas relacionados à cidadania das pessoas com deficiência.

Em termos locais, já está em curso um projeto que envolve uma grande amiga, sobre o qual ainda é preciso manter certa cautela, mas que pretende fortalecer ainda mais a luta política e reivindicatória das pessoas com deficiência em Campinas. A conferir.

III – Esportes e Futebol

O ano que se inicia tem como atrativo, sem dúvida, as Olimpíadas de Londres em 2012. Já fiz aqui neste espaço uma previsão acerca do desempenho do Brasil, e pretendo refiná-la com a aproximação dos jogos. Particularmente, meus interesses estão no atletismo, natação e judô – esportes que mais gosto de assistir. Tenho acompanhando algumas competições que classificam atletas para Londres, e em breve quero detalhar minhas projeções.

Mas, para variar, quero começar falando um pouco sobre o Corinthians (campeão hoje da Copa São Paulo de Juniores, só para registrar). O grande mérito da diretoria, em minha opinião, foi ter mantido o mesmo time que se sagrou campeão brasileiro em 2011, peça por peça (menos o Adriano, por quem agradecemos o gol contra o Atlético-MG, mas que já poderia ter sido dispensado).

Mas dito isso, amigos corintianos, compartilho uma preocupação: o time do ano passado (atual) é bom, competitivo, forte, mas tenho a sensação de que falta um “brilho” adicional para objetivos maiores. Dá para encarar o Paulista, a fase de grupos da Libertadores e mesmo o Campeonato Brasileiro de novo, mas falta talento, falta ainda um craque para que possamos sonhar em vencer a Libertadores. Sei que os “secadores de plantão” vão ficar tirando sarro e tal, mas quis registrar já no início do ano esta sensação. Com o passar dos jogos e avaliando o desempenho do time, vamos especular sobre esta peça chave que poderia chegar.

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Feito. Este primeiro texto foi só para “aquecer os motores” e dar um panorama sobre temas que já ocupam minha cabeça. No mais, feliz 2012 para todos!
 


4 comentários:

  1. Oi Vini!
    Que bom ver seus textos de volta!
    Realmente é mais fácil realizar reformas sócio-econômicas profundas em períodos favoráveis, como o que o Brasil vive hoje. A França que o diga! Buscar soluções em plena crise é muito mais complicado.
    Abração,
    Nano

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  2. É isso aí. Timão, Dilma e os deficientes botando prá quebrar.
    Beijão meu filho.

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  3. Oi Nano!
    Legal, a gente se encontra por aqui!
    Concordo contigo, mesmo com os problemas que ainda persistem, creio que o governo deveria aproveitar o bom momento para tentar mudanças mais profundas. E aí na França, o Sarcosy se segura ou o socialista tem chances?
    Abração,
    Vini.

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