No fim de semana passado acabaram os campeonatos estaduais – depois de enfadonhos quatro meses – e no próximo sábado começa o Campeonato Brasileiro. Os times nacionais correm o risco de perder seus principais jogadores no meio do ano, recebendo em troca, na maioria das vezes, veteranos que já estão sem mercado na Europa. Enfim, mesmo para quem gosta, dá um certo desânimo acompanhar o futebol no Brasil. Por isso vou ignorar o título paulista do Santos (me sai bem dessa) e o início do Brasileiro para falar sobre o futebol na Europa.
É um prazer e um privilégio poder acompanhar, de Agosto a Maio, a temporada de futebol europeu. Cada fim de semana são exibidos mais de uma dezena de jogos das principais ligas: Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha. Particularmente, nos últimos anos, o campeonato inglês é o que mais gosto. Além de possuir um grupo potencialmente maior de times com chances de título – Arsenal, Chelsea, Manchester United e Liverpool – do que em outros campeonatos (na Espanha: Real e Barça; na Itália: Milan, Inter e Juventus; na Alemanha: Bayer e mais algum) – o futebol na “terra da Rainha” é charmoso e atraente pela qualidade dos estádios, dos gramados, da presença maciça da torcida, dos uniformes, enfim, de toda “atmosfera” em torno do jogo.
Não dá para comparar assistir a um jogo dos quatro grandes da Inglaterra – mesmo que seja contra um time pequeno – com uma partida entre Milan e Chievo Verona, por exemplo, pelo campeonato italiano, num campo ruim, com o estádio vazio e tempo chuvoso (altíssima probabilidade de 0 x 0!). Além da atmosfera, dentro de campo os jogos pelo campeonato inglês, em geral, são mais rápidos, emocionantes e disputados. O campeonato que mais se aproxima do inglês, na minha opinião, é o alemão; enquanto que, na Espanha, basicamente assistimos a um show do Barcelona ou do Real Madrid, o que é legal, mas nada além disso.
Seja como for, tenho meus times favoritos nas principais ligas da Europa: o Arsenal na Inglaterra, o Barcelona na Espanha, o Napoli na Itália e o Borússia Dortmund na Alemanha. Todos com torcidas enormes e apaixonadas, com um viés “popular”, de massa (influência da minha torcida por um time da zona leste de São Paulo). Na mesma linha, embora não acompanhe muito, meu time favorito na França é o Olympique de Marseille. A temporada que se encerra foi boa porque o Barça e o Borússia foram campeões, e o Napoli conseguiu vaga na próxima Liga dos Campeões (o ponto negativo foi o Arsenal, que “amarelou” de novo).
Mas, independentemente do desempenho dos meus times favoritos, e voltando ao início do texto, o duro é ficar sem os campeonatos europeus nos próximos meses, sendo que o campeonato brasileiro só engrena no fim do ano!
Como consolo, temos ainda a “cereja do bolo” que encerra a temporada européia: a final da Liga dos Campeões entre Barcelona e Manchester United, no dia 28 de Maio, no estádio de Wembley na Inglaterra. Pode até ser um jogo ruim (a chance disso é muito pequena), o que não muda a constatação de que o futebol na Europa está num outro patamar. Não se trata de complexo de inferioridade, mas seja pela questão técnica ou por tudo mais que envolve o jogo (estádios, torcidas, calendário, etc.), infelizmente, é covardia comparar o futebol brasileiro com o europeu (quase como comparar o basquete da nossa NBB com o que se joga na NBA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário