sexta-feira, 20 de maio de 2011

Beber

Estou meio sem inspiração para escrever hoje. Meus três temas não me estimulam muito a refletir: a) o noticiário político está concentrado no Pallocci, e o econômico na prisão do diretor-gerente do FMI; b) estou meio deprimido com o fim dos principais campeonatos europeus, e o Brasileiro terá apenas sua primeira de trinta e oito rodadas; c) o movimento das pessoas com deficiência me parece cada vez mais dividido e enfraquecido por disputas político-partidárias. Dado esse cenário, e como hoje é sexta-feira, vou divagar sobre o ato de beber (não água ou suco, álcool mesmo).
Em primeiro lugar, e apenas para ser politicamente correto, a leitura deste post é permitida apenas para pessoas com 18 anos ou mais (se você é menor de idade, não prossiga). Feito este aviso, também não quero me alongar nos efeitos negativos da bebida. Eles existem e são reais. Eu, por exemplo, depois de muita cerveja inventei de pular na parte rasa da piscina (quer dizer, eu não sabia que era rasa, quis apenas pular). Naquele dia eu havia combinado de ir e voltar com um amigo (Cabongo) porque sabia que iria beber e não queria dirigir. Quanta prudência.
Bom, mas voltando, o que eu quero escrever são divagações sobre as razões pelas quais bebemos. A primeira delas diz respeito à justificada vontade que temos de “nos desligar” um pouco dos afazeres e pressões cotidianas. Escola, trabalho, relacionamentos e congêneres nos consomem ao extremo. E olha que não estou reclamando, trabalho com aquilo que me interessa, sou muito feliz no casamento e tenho bons amigos. Mesmo assim, é prazeroso às vezes simplesmente relaxar e esquecer temporariamente os parâmetros racionais que nos guiam pelo dia-a-dia.
Na mesma linha, celebrar a felicidade e a vida constitui-se numa nobre razão para beber. É desaconselhável beber porque estamos tristes ou infelizes. Isso pode parecer contraditório com querer se afastar da realidade cotidiana, como eu disse acima. Mas é que este afastamento tem que ser na direção correta, no sentido de dar risada, conversar e compartilhar coisas com e sem importância com seus familiares e amigos. Beber é uma válvula de escape, mas só vale apena quando escapamos para um estado d´alma alegre e feliz.
É claro que nem sempre dá para controlar isso, e os nossos sentimentos e emoções ficam mais instáveis quando bebemos. Mas a dica é, pelo menos, antes de beber quando ainda estiver sóbrio, não comece pensando em “afogar as mágoas”. Outra dica – no campo fisiológico, não emocional – é não beber com estômago vazio. Dores de cabeça e desarranjo intestinal, entre outros, expressam o mau funcionamento do nosso corpo (ou simplesmente a ressaca), que pode ser evitada ou ter suas chances reduzidas de ocorrer se nos alimentamos antes de beber.
Enfim, é isso aí. Eu gosto de beber cerveja no verão, vinho no inverno e whisky quando é de graça em casamentos ou formaturas. Porém, nos últimos anos tenho bebido muito pouco. Não sei se a vida foi mais sofrida porque parei de beber, ou se não tive vontade de beber em função de não estar me sentindo bem de saúde. Acredito nesta segunda opção. Ainda não estou 100% de saúde (quem está?), mas quem sabe hoje tomo uma taça de vinho. Saúde!

11 comentários:

  1. Obrigado Janete!
    É isso aí....além do mais faz bem para o coração!

    Abraços,
    Vinicius.


    Em 20 de maio de 2011 10:44, Janete S. mobley escreveu:


    Vi, gostei do texto!
    Tome sua taça de vinho e relaxeeeeeeeeeeee!!!
    Você merece! E faz bem pro coração!!
    Abraços!

    Janete

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  2. Vi,
    Acho que você deveria mudar o nome do seu blog. Porque acho que, quando você se solta dos Três Temas, seu texto fica mais espontâneo e vira uma crônica gostosa de ler.
    A ver.
    Bjs.

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  3. Pode ser pai....vamos ver...posso também manter o nome e, eventualmente, fugir dos temas e escrever textos mais leves...
    Bjs,
    Vi.

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  4. É isso ai Vinicius, vou seguir suas recomendações. De preferência juntos e em breve.
    Abraços,
    Waldir

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  5. Legal Waldir, sem dúvida, até a volta!
    Abraços,
    Vinicius.

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  6. Vi, cada vez mais descubro coisas em comum com você. Não é à toa que ficamos tão amigos tão rápidos. Seu texto está ótimo!!! E concordo plenamente com o Rui, fora dos "TrÊs Temas", você arrasa. Cara, você estám escrevendo muito bem e está colocando pra fora (ops... olha a pornografia aí!) o seu lado humorístico. Esse papo com o leitor ("se você tem menos de 18 anos não prossiga") é coisa de literato! Ótimo! Cara, pára tudo e vai ser escritor! Beijos sorridentes e admirados (no melhor "estilo MAQ")

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  7. PS - Já tomei meia garrafa de vinho (afinal, hoje é sexta-feira!) e por isso meu texto saiu cheio e erros. Brindemos, então!

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  8. "Eu gosto de beber cerveja no verão, vinho no inverno e whisky quando é de graça..."
    Ahahaha!!! Ótimo!!
    Bjos Vi, continue escrevendo!

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  9. Katinha,
    é verdade, tivemos logo de cara uma empatia muito grande e isso continua até hoje. Ouvir de você que escrevo bem é um enorme incentivo. Você me ajudou, pois foram tantos e tantos textos do CVI escritos e revisados, não é mesmo? Vou seguir o seu conselho...continuar escrevendo e brindando! Obrigado minha amiga! Retribuo os beijos no estilo MAQ!

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  10. Fabi, muito obrigado! Exercitar o bom humor é sempre bom! Bjs, Vi.

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  11. É isso aí Dani, a experiência acumulada ajuda muito!
    Abração, Vini.

    Em 21 de maio de 2011 11:31, Daniel Höfling escreveu:

    Vini,
    recomendações dignas de um bebedor nato. Bom vinho com a Regina. É uma boa pedida junto com o filme.
    abs,

    Daniel de Mattos Höfling

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